Por que Florianópolis é a 10ª "Ilha" dos Açores?
O livro Florianópolis a 10ª Ilha dos Açores – o encontro das origens, foi elaborado com muito orgulho e dedicação. É fruto do Curso “Açores – da Descoberta às Raízes”, realizado nos Açores em 2002 e também de um desejo muito grande de encontrar as raízes de minha família os Medeiros e os Pacheco que vieram da Ilha de São Miguel nos Açores.
O título Florianópolis a 10ª Ilha dos Açores é um título de linguagem coloquial e proposital. Este nome fantasia foi criado como marketing, uma licença poética, para representar o município de Florianópolis como sendo mais uma Ilha, no sentido de reduto, área bem específica, ou seja a 10ª Ilha no arquipélago dos Açores, significando e representando em sentido figurado o isolamento, a insularidade e a “açorianidade” com que Florianópolis se apresenta em razão da grande distância física com os Açores, e esta devidamente registrado na contra-capa do livro.
Mas, ao mesmo tempo, o objetivo foi aproximar estes dois locais que tem muita coisa em comum a ser estudada, compartilhada e também na intenção mostrar o nosso reconhecimento a nossa homenagem a esta gente que ajudou a formar a base da nossa cultura.
A nossa situação é diferente dos Estados Unidos e Canadá, que estão situados muito próximos do arquipélago e são países que receberam e recebem grandes levas de imigrantes dos Açores, enquanto que Florianópolis viveu durante muito tempo isolado do arquipélago, situação que se alterou a partir da segunda metade do século XX. Entretanto estes países também gostariam de se intitular décimas Ilhas, no sentido de representarem redutos da epopéia migratória. E tive a oportunidade de constatar isso, nos diversos cursos que participei com americanos, canadenses, africanos e outros povos, nos Açores.
O objetivo do título também é criar um vínculo carinhoso entre as duas comunidades, pois o povo açoriano é acolhedor e gentil ao extremo. Trata-se de um povo singular, que exala simpatia e traz, para os brasileiros, a nítida sensação de estar em casa.
Em nenhum momento a intenção é dizer que Florianópolis é só a Ilha de Santa Catarina, pois sabemos que o município de Florianópolis geográfica e administrativamente é composto por duas porções de terras, uma delas refere-se à Ilha de Santa Catarina, que possui uma área de 424,4 Km² e a outra porção localizada na área continental, com área de 12,1km², registrado na página 12 do livro.
O Arraial da Santa Cruz do Estreito, Passagem do Estreito, João Pessoa, ou simplesmente Estreito, que é parte continental do município de Florianópolis, originalmente pertenceu ao município de São José até 1º de janeiro de 1944, quando foi incorporada à Capital. “Dizem” que São José esta requerendo o Estreito para fazer parte novamente do seu município; ainda não pesquisei a veracidade do fato, mas desde já sou contra.
A minha obra busca não só divulgar a herança cultural açoriana em Florianópolis, mas apresentar um conteúdo diferenciado. A particularidade está em estabelecer um comparativo fotográfico, indicando de maneira didática e direta, através da imagem e textos enxutos, semelhanças e também diferenças culturais entre Florianópolis e algumas das principais cidades do Arquipélago dos Açores – região de origem, dos colonizadores do litoral catarinense que sucederam os indígenas e vicentistas.
O livro já foi adquirido pela grande maioria das escolas particulares, escolas municipais e muitas universidades da grande Florianópolis e está sendo distribuído em livrarias, museus, fundações de cultura e nos principais aeroportos do país, atingindo um público estudantil estimado em mais de 100 mil alunos.
O autor
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